Em “Estes pés só pisam vento”, Rui Soares Costa no suporte papel e em madeira, com caneta ou a fogo, continua a explorar os diferentes territórios expandidos do desenho, cruzando esta, que é expressão que mais representa a sua essência artística, com a pintura, o objectual, a filosofia, o pensamento. Tudo isto se junta numa equação de parâmetros controlados, em torno do tempo como assunto. Como refere Joana Valsassina, na Folha de Sala: Rui Soares Costa regista o tempo em desenho, sendo o tempo, como diz, “a única coisa que não poderemos adicionar à existência.” Estes pés só pisam vento regista a leveza do seu rasto invisível e a temporalidade reconstrutiva da sua memória.
A exposição é acompanhada por uma banda sonora original de André Gonçalves, com a colaboração de Casper Clausen.