Do alto da torre, Marta Ubach conta-nos as estórias da Matilde, do sr. José, da Clarice, da Maria que pelas ruas e ruelas, castelos e casas, desta que poderia ser uma outra Babilónia, habitam e fazem os seus dias. “Da torre” traz-nos o silêncio da paisagem, a contemplação dos lugares, de todos e de nenhum, naquilo que é apenas aparentemente uma contradição. Traz-nos também esse sentido de pertença pelo nosso património que, como dizia Alexandre Herculano, no seu “O Pároco da Aldeia”:
“E, todavia, a alma, que, nessa situação, como que perde o sentimento da vida externa, lá achou, no seu incessante cogitar, uma ponte invisível para transpor os abismos que a fria, coxa e orgulhosa razão humana supõe existirem, quase a cada passada, no mundo da inteligência.”