Nesta exposição, São Nunes explora de forma exaustiva, e quase experimental, uma mesma forma – finita, percorrendo várias técnicas de pintura, tendo como base o oléo, num processo que poderia não ter limite – infinito.
Através desta forma concreta, no caso a árvore, São Nunes apresenta-nos um conjunto de representações abstractas dessa árvore, resultante de exaustivas repetições, mutações e transformações desse objecto. Como diz Alexandre Castanheira, no texto do catálogo, “Aquilo que o nosso olhar vai reter é mais do que a árvore, a ideia da árvore, da sua
repetição, sempre a mesma ideia qualquer que seja a posição, a cor, o enquadramento em que nos seja apresentada. Apesar de abstractas, emitem um pensamento, uma ideia”.
Ao longo dos 25 trabalhos expostos, São Nunes recorre a sucessivas camadas de tinta, em processos por vezes de desconstrução e descontextualização da árvore, para nos apresentar “aqui o seu pensamento sobre o infinito mundo de hoje – o que ela vive, o que os outros vivem, o que se distancia de nós mas permanece em nós, o que avança aparentemente sem limites morais” [Alexandre Castanheira].