Rita Gaspar Vieira e Rui Horta Pereira integram a exposição coletiva “Da dobra que chama e traz – obras em papel da Coleção Figueiredo Ribeiro”, com curadoria de Catarina Mel e Ricardo Escarduça. A exposição inaugura a 15 de fevereiro, às 16h, e fica patente até 29 de junho, no MIAA – Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes.
“Se o papel se mostra tanto suporte quanto matéria da obra de arte, a dobra do seu sentido perturba o que se recolhe em invariabilidade e permanência, o que contrai e detém o diverso. A dobra, enquanto conceito operativo, torna-se princípio criador e possibilidade do acontecimento, e todas as coisas que se dão a ver são afectadas pela potência do devir, pelo contínuo da variação.
Em Da dobra que chama e traz, reúnem-se obras sobre papel da Coleção Figueiredo Ribeiro – Abrantes que manifestam o impermanente enquanto invariabilidade única.
Resistindo a configurações lineares e centradas, a exposição torna-se rede de singularidades que pertencem ao contínuo que as envolve. Enquanto razão final, é o espectador que é confrontado pela precariedade do sentido, verdade possível das coisas, e de si.”