A exposição “Libro Arte Textil” integrada na VIII Bienal Internacional de Arte Textil Contemporáneo, estará patente na Biblioteca de la Facultad de Bellas Artes de la Universidad Complutense de Madrid, entre 17 de Setembro e 3 de Novembro
“ITABIRA, pedra que brilha” é parte de minha pesquisa sobre uma “paisagem fragmentada” entre memória e ficção. Itabira é uma cidade de Minas Gerais (Brasil), cujo o nome tem origem na língua Tupi, itá (pedra) e bira (que brilha). A cidade é conhecida pela atividade de mineração, que remonta a exploração do ouro no Século XVIII e a extração do minério de ferro no Século XIX. O livro têxtil faz uma referencia ao que ocorreu na paisagem da cidade, em especial à uma formação montanhosa que está representada na Bandeira e no Brasão, chamada “Pico do Cauê”, e que foi convertida em uma enorme cratera devido a exploração do minério de ferro. Essa inversão da “topografia” presente no livro é uma representação gráfica dessa trágica ironia. O contorno/recorte é ampliado para as fronteiras da cidade refletindo sobre o processo de destruição ambiental da região. — Paula Almozara