Teest PT

JUST MAD 2020

ATER

«Ater», negro mate em latim, parte, portanto, de uma premissa de rebeldia, uma declaração de intenções, um trazer a si, e de modo consequente, a acutilante e peremptória assunção do artista como etnógrafo, vanguardista no pensamento, contemporâneo na forma e no conteúdo, um “return of the real” de Hal Foster.

Pisando um chão coberto de pneu triturado, deparamo-nos também com a ferida subjacente na obra de Augusto Brázio, temos o tempo marcado a fogo por Rui Soares Costa, nessa ténue fronteira entre a destruição de um material e a criação de um objecto estético. Encontramos “a penumbra golpeada de luz” de Rui Horta Pereira, num registo concomitantemente gráfico e poético, epitáfio seja. E porque, como dizia Fernando Pessoa, “Não quero ir onde não há luz”, encontramos a série “Antecâmara” de Inês d’Orey que nos devolve esse lugar da intimidade, do recato. E da luz.

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