Nesta mostra são apresentadas dezasseis das suas gravuras em metal e em madeira, algumas bastante icónicas e representativas do seu percurso artístico, e que, no ponto de vista da curadora, melhor acentuam não só a extraordinária qualidade e irreverência da sua obra gravada, como também o seu enorme compromisso com a causa política. A forte presença dos seus vermelhos desde a sua expressão mais transparente ao intenso escarlate, as líricas de Camões, os «tempos de vida», a poesia de Fernando Pessoa que dá mote a esta exposição. «Não quero ir onde não há a luz», gravuras de Ilda Reis que, em conjunto, gritam e reclamam em uníssono a Liberdade no MAEDS, o primeiro museu a ser fundado no pós 25 de Abril porque, porventura, também nós não queremos ir onde não há luz.
Durante a exposição irão realizar-se workshops de gravura dinamizados pelo Atelier Contraprova:
“Workshop de gravura em pacote de leite”, no dia 14 de Abril (de manhã sessão destinada a crianças; de tarde sessão destinada a adultos);
“Workshop de gravura em linóleo”, no dia 26 de Maio (duas sessões, uma de manhã e outra de tarde);
“Wokshop de ponta-seca”, no dia 2 de Junho (duas sessões, uma de manhã e outra de tarde).